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Sábado é dia D de vacinar as crianças

Nesta campanha, crianças até quatro anos terão a avaliação de sua situação vacinal para poliomielite

O sábado (21/11) será o último dia da Campanha de Vacinação contra a Poliomielite e também o Dia D de Vacinação – período em que os postos de saúde de todo o Estado permanecem abertos exclusivamente para a aplicação de vacinas.

No início da tarde desta quinta-feira (19/11), o Rio Grande do Sul registrava 73% de cobertura vacinal da pólio, com 390 mil crianças até anos anos que receberam uma dose do imunizante. A expectativa é alcançar a meta de 95%, faltando cerca de 140 mil crianças para receber a vacina.

“Vamos precisar fazer um importante trabalho nestes últimos dias para resgatar os que permanecem faltosos”, diz Tani Ranieri, chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs). “Precisamos estimular as famílias a levarem os filhos para receber a gotinha e atualizar a caderneta de vacinação”, acrescenta.

A Campanha de Vacinação estava programada para se encerrar em 30 de outubro, mas o governo do Estado decidiu pela prorrogação com intuito de atingir a meta e aumentar a imunização de crianças.

O esquema vacinal de poliomielite é composto, atualmente, por duas vacinas: a injetável aplicada em três doses aos dois, quatro e seis meses de vida da criança, e a vacina oral, aplicada aos 15 meses e aos quatro anos.

Nesta campanha, todas as crianças dessa faixa etária terão a avaliação de sua situação vacinal para poliomielite. As maiores de um ano que estiverem com seus esquemas vacinais em dia receberão uma dose da vacina oral, a chamada dose D (indiscriminada). Para as crianças que estiverem com seus esquemas de vacinação de poliomielite em atraso, haverá a atualização.

Em paralelo, ocorre a Campanha de Multivacinação, que tem a finalidade de atualizar a situação vacinal da população até 15 anos de idade, de acordo com as indicações do Calendário Nacional de Vacinação. O objetivo é, além de aumentar as coberturas vacinais, diminuir ou controlar a incidência de doenças imunopreveníveis como tétano, sarampo e febre amarela. Por ser uma estratégia de atualização de aplicações atrasadas, não há metas. A avaliação será realizada a partir das doses registradas nos sistemas de informação no período.

“É responsabilidade dos pais e um ato de proteção vacinar os filhos. Várias doenças que podem até mesmo levar a óbito estão em circulação no Rio Grande do Sul, como o sarampo. Um ato simples como a vacina pode evitar o contágio”, destaca.

Tani Ranieri afirma ainda que todos os postos de saúde estão seguindo as medidas de segurança para evitar o contágio da Covid-19. “As unidades de saúde estão preparadas para receber os cidadãos”, completa.

Pesquisa promovida pela Secretaria da Saúde (SES) no ano passado mostrou que as principais causas das baixas coberturas vacinais no Estado se devem ao descaso e à desinformação. No levantamento, 59% das pessoas apontaram motivos pessoais para a não vacinação dos filhos, como esquecimento, medo de efeitos colaterais e falta de tempo. Mesmo que por algum motivo não tenham vacinado as crianças, mais de 96% disseram acreditar na imunização e a consideram importante. Apenas 4% responderam não acreditar na eficácia das doses.

Foi constatado, ainda, que os jovens deixam de vacinar seus filhos com mais frequência por não terem convivido com certas doenças comuns em outras épocas e que desapareceram por algum tempo, mas que hoje retornam com força. O sarampo é um exemplo.

Ascom SES RS

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Arquivo

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