BlogsFilosofia no Cotidiano

Não julgue quem te pede socorro

A depressão é uma doença tão grave quanto à diabetes, no entanto porque as pessoas têm tantas dificuldades em enxergar isso? Aliás, por qual razão doenças psíquicas geram tanto desconforto e/ou rótulos negativos? Talvez seja pelo fato de algumas pessoas associarem esse tipo de doença exclusivamente à loucura. Mas o que é a loucura? Houve um tempo em que esse distúrbio mental era associado a doenças como a lepra, uma doença infecciosa que, normalmente, está relacionada à pobreza. Contudo, a loucura ou insanidade pode ser caracterizada como a incapacidade do indivíduo de racionalizar e/ou controlar as suas reações e/ou emoções de modo que tende a agir como se não tivesse domínio de si mesmo e/ou daquilo que o rodeia. Entretanto a depressão não é sinônimo de loucura, embora, em alguns casos, possa haver uma associação entre elas. Além disso, essa enfermidade também costuma ser relacionada, erroneamente, a preguiça ou relaxamento. De qualquer modo, depressão é uma doença muito séria que não pode ser tratada de forma leviana, uma vez que há quem não consegue lidar bem com essa condição e, nesses casos, chegam a cometer suicídio. Diante disso, como podemos perceber o senso comum e/ou algumas ideias equivocadas podem mudar o destino de alguém ou pior podem tirar a chance dessa pessoa de continuar a ter uma vida plena e feliz. Então, não julgue quem te pede socorro, estenda a mão e ajude, pois ninguém está livre dessa doença e, nesse caso, será você que precisará ser salvo (a), caso contrário, poderás entrar em um caminho sem volta.

Ana Paula Emmendorfer (Professora de Filosofia e Lógica – Doutora em Filosofia/Unisinos-RS)

Foto: Pixabay

Siga no Facebook: facebook.com/logosreis/

Siga no Intagram: instagram.com/logosreis/

Siga no YouTube: youtube.com/logosreis/

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.