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Rio-grandina vibra após melhor resultado do Brasil no Mundial de skeleton

Nicole Silveira chega em 17º e sonha disputar Jogos de Inverno em 2022

A rio-grandina Nicole Silveira obteve o melhor resultado do Brasil na história do Campeonato Mundial de skeleton, uma das modalidades da Olimpíada de Inverno. Nesta sexta-feira (12), em Althenberg (Alemanha), a gaúcha de 26 anos finalizou a edição 2021 da competição em 17º lugar, sete posições acima do ano passado, quando ficou em 24º. Em 2019, na primeira participação, ela foi a 25ª colocada.

“O objetivo era um top-20. Terminei em 17º, então eu me surpreendi e também surpreendi bastante gente. O nível de competidores era alto, estavam as melhores do mundo. Consegui ficar à frente de algumas atletas que nunca imaginei alcançar”, comemorou Nicole, em vídeo enviado à Agência Brasil. Com o resultado, a brasileira deixou para trás a canadense Elisabeth Maier (terceira no Mundial de 2015) e a norte-americana Kendall Wesenberg, uma das representantes dos Estados Unidos nos Jogos de Pyeongchang (Coreia do Sul), em 2018.

No skeleton, o atleta encara uma pista de gelo deitado de bruços sobre um trenó. Nicole fez quatro descidas em dois dias. A classificação final se dá a partir da soma dos quatro tempos. Na quinta-feira (11), a brasileira finalizou a primeira descida em um minuto e oito centésimos e a segunda em 59 segundos e 23 centésimos, assumindo o 17º lugar.

Já nesta sexta-feira, a brasileira cravou 59 segundos e 19 centésimos na terceira e 59 segundos e 18 centésimos na quarta, quase um segundo e meio mais veloz que a melhor marca alcançada no Mundial do ano passado (um minuto e 63 centésimos). Os resultados ajudaram-na a manter a 17ª posição, com tempo total de três minutos, 57 segundos e 73 centésimos.

“Comecei a temporada com um nível de confiança baixo. A Copa do Mundo [circuito mundial da modalidade] começou em Sigulda [Letônia, em 20 de novembro], que é uma pista técnica, e terminei em último. Na semana da segunda etapa, também em Sigulda, machuquei o meu tornozelo. Depois dali, as coisas começaram a melhorar e os resultados apareceram mais”, conta Nicole, que chegou ao Mundial embalada pelo sexto lugar na etapa de Königssee (Alemanha) da Copa Intercontinental.

A vencedora foi a alemã Tina Hermann, que chegou ao quarto título mundial da carreira, com tempo de três minutos, 52 segundos e 97 centésimos. A compatriota Jacqueline Lölling, vice-campeã olímpica em 2018, ficou em segundo, 11 centésimos atrás. A russa Elena Nikitina, bronze nos Jogos de Sochi (Rússia) em 2014, completou o pódio.

“Estou muito feliz com o resultado. Foram as melhores descidas que tive até hoje. Agora, é só crescimento”, afirmou a gaúcha, que finaliza a temporada 2020/2021 na expectativa de poder treinar na pista que será utilizada nos Jogos de Pequim (China), no ano que vem. A brasileira, que mora no Canadá e também trabalha como enfermeira, pode ser a primeira a representar o Brasil no skeleton em uma Olimpíada de Inverno.

Agência Brasil

Foto: Divulgação/IBSF

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