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Rio Grande tem 40 focos registrados do mosquito Aedes aegypti; não há casos notificados de Dengue, Zika ou Chikungunya

A Prefeitura do Rio Grande, por meio da Vigilância Ambiental em Saúde, órgão vinculado à Secretaria de Saúde (SMS), informa que no ano de 2021, até o dia 19 de abril, já foram encontradas 40 amostras positivas para Aedes aegypti, mosquito transmissor da Dengue e de outras doenças como  Zika Vírus e Chikungunya. Três das amostras foram de mosquito alado, a sua forma adulta. Em comparação com o ano passado, os dados apontam que, mesmo antes do final do mês abril, já foram registrados no município mais da metade do número de focos de 2020, quando foram 76 amostras positivas. Em 2019, o total de focos foi 34. 

Conforme a Gerente da Vigilância Ambiental em Saúde, Márcia Xavier Pons, apesar da presença do mosquito, inclusive em sua forma adulta, não foram notificados casos suspeitos das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Veja, abaixo, onde foram encontrados os focos do mosquito: 

  • 14 no bairro São Miguel; 

  • 5 na Vila Maria; 

  • 4 no Povo Novo; 

  • 3 no Centro; 

  • 3 na área do Prado; 

  • 3 na área do Aeroporto; 

  • 2 no Cassino; 

  • 2 no Distrito Industrial; 

  • 1 no bairro Cidade Nova; 

  • 1 na área da Henrique Pancada; 

  • 1 na junção; 

  • 1 na localidade próxima a Rheingantz. 

Trabalho dos Agentes de Combate à Endemias 

As amostras positivas para o mosquito vetor foram encontradas em pontos estratégicos e armadilhas monitoradas pelos agentes, assim como em residências. O procedimento faz parte do trabalho de delimitação de foco e do Levantamento de Índice mais Tratamento (LI+T), que é executado, especialmente, em áreas onde são encontrados os focos.

Hoje, Rio Grande conta com 35 agentes trabalhando em campo, oito deles recém convocados e já treinados para a atuação no município. Os recém habilitados foram chamados ainda em 2020, mas o avanço da pandemia acabou atrapalhando o ingresso dos novos servidores. Desde dezembro, entretanto, os oito novos agentes estiveram em preparação e treinamento para o trabalho, e agora já estão capacitados e em atuação no município. Conforme explicou Márcia, outros 9 servidores da área ainda estão sendo chamados para o trabalho. 

Durante o período de pandemia, entretanto, o trabalho dos agentes tem sido realizado de forma diferente do habitual, “Estão trabalhando e visitando apenas as áreas externas dos imóveis,  pois ainda no início da pandemia a Secretaria de Saúde do Estado lançou uma nota informativa recomendando como deveria ser a abordagem e a realização das atividades dos agentes no controle da dengue”, disse. Ela acrescenta que durante as visitas os servidores estarão “devidamente uniformizados com coletes da Vigilância Ambiental em Saúde, camisetas da Vigilância em Saúde e crachá”. Em caso de dúvidas, a Vigilância Ambiental em Saúde está disponível para esclarecimentos pelo telefone 53 32337289.

Apesar do aumento da quantidade de agentes, Márcia esclarece que o número total de trabalhadores atuando na função ainda é abaixo do necessário e, por isso, a participação da comunidade é fundamental. “É importante que a população nos auxilie nesse trabalho, não temos o quantitativo de agentes que possa suprir a necessidade do nosso município. Rio Grande tem cerca de 108 mil imóveis e não temos uma quantidade de agentes para poder fazer as visitas conforme o que foi preconizado, que seria visitar de 80% a 100% dos imóveis. Procuramos manter o município com pontos estratégicos, com nossas armadilhas em pontos e localidades de alto risco, e também as equipes trabalhando no LI+T, que é para manter esse monitoramento numa área maior. Mas precisamos contar com a colaboração da comunidade”, avaliou.

Sem casos das doenças transmitidas pelo mosquito em Rio Grande

A Gerente da Vigilância Ambiental em Saúde destacou que, até o momento, não foram recebidas notificações de casos suspeitos para Dengue, Zika Vírus ou Chikungunya no município. Márcia acrescentou que houve reforço sobre o tema junto às unidades de saúde, especialmente nas unidades dos locais onde foram encontrados focos. “Se alguém sentir algum sintoma relacionado à dengue ou essas outras doenças, como Zika Vírus e Chikungunya, recomendamos que busquem o atendimento médico”, aconselhou. Ela ainda ressaltou que, se for identificado algum caso suspeito, é feito um trabalho de delimitação de foco e “uma pesquisa vetorial especial em torno da residência desse paciente que possa ser suspeito para Dengue ou essas outras doenças”.

Medidas de combate e prevenção ao Aedes aegypti

Sobre o cuidado para evitar a proliferação do mosquito, Márcia frisou que a participação da comunidade é muito importante para um trabalho efetivo de combate. “Gostaria de solicitar à população que cada um tome conta do seu pátio, de uma olhadinha e verifique as plantas, veja se não existem pratinhos que possam acumular água, se não tem nenhum balde, pote, brinquedo esquecido que possa servir como criadouro para o Aedes. Se tiver alguma coisa, deve ser retirada”, recomendou. 

Além disso, ela destacou que é necessário ter cuidado também com bebedouros e pratos para alimentação de animais. Ela orienta que esses recipientes sejam higienizados cuidadosamente “pelo menos duas vezes por semana, com escova ou com uma esponja mais grossa, lavando toda a volta do recipiente”.

Sobre o tema, Márcia explicou que a fêmea do mosquito coloca seus ovos acima da lâmina de água e, por isso, quando é recolocada a água no local, o contato faz o “ovo eclodir, o que vai iniciar todo o ciclo de evolução do mosquito” .”Ele vai passar da fase de ovo para a fase de larva, pupa e, por fim, para o mosquito adulto, alado”, disse. 

Também segundo a Gerente da Vigilância Sanitária em Saúde, o calor e a grande quantidade de chuvas contribuem para a proliferação do mosquito. “Estamos passando por um período de chuvas e ainda não está fazendo frio. Então, com o calor e a chuva, aumenta a proliferação. Se tivermos um ambiente propício para essa proliferação, fica muito difícil de manter o município com um percentual baixo de infestação”, salientou.

Veja, abaixo, o material elaborado pela Vigilância Ambiental em Saúde para utilização nas ações de combate e prevenção ao mosquito vetor da Dengue.

Assessoria de Comunicação Social – Prefeitura Municipal do Rio Grande

Foto: Divulgação

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