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Investimento de R$ 1,8 milhões promete acabar com a fila de espera de exames de endoscopia e colonoscopia em Rio Grande

Na manhã de segunda-feira (11), foi iniciado o mutirão do serviço de endoscopia e colonoscopia para atender pacientes exclusivamente de Rio Grande, na Santa Casa do Rio Grande.

Os exames destas especialidades possuem demanda reprimida na cidade desde o ano de 2015, acumulando pelo menos, 4.057 pacientes que aguardam para realização de endoscopia e 1.360 que esperam pela colonoscopia.

O serviço é um convênio entre a Prefeitura do Rio Grande, a Secretaria de Município da Saúde, e a Santa Casa do Rio Grande pelos próximos doze meses. O Executivo Municipal custeará R$1,8 milhão no ano para o desenvolvimento da atividade e serão ofertados 300 exames ao mês (distribuídos entre endoscopia e colonoscopia). A tratativa é de um valor pago cerca de quinze vezes maior ao que a tabela no SUS prevê para os exames. O valor para cada procedimento é de R$ 500,00 enquanto no SUS o repasse era de apenas R$ 38,00.

Conforme explica a Secretária de Município da Saúde de Rio Grande, Zelionara Branco: “A tabela SUS paga R$ 38,00 por procedimento. E o valor que nós chegamos do acordo é R$ 500,00 por procedimento. É em média a metade do valor que seria um exame na rede privada.”

A empresa que prestará o atendimento é a DigeClin que tem como sócio e também Diretor Técnico e médico Responsável Técnico pelo serviço prestado, Alessandro Louzada.

Louzada explica que a necessidade agora é atender a enorme fila de espera que a cidade tem até o momento, de requisições para os exames de endoscopia e colonoscopia. “Depois de equalizar vai ter uma demanda permanente. Tratando o paciente para que ele não evolua para a doença mais grave, barateando o custo do tratamento.”

Para o presidente da Santa Casa do Rio Grande, Renato Silveira:  “O serviço é de suma importância quer seja para os exames eletivos, quer seja para aqueles exames de urgência e emergência, nós precisamos atender quem chega”.

Para o prefeito Fábio Branco a intenção é atender o passivo de pessoas que aguardam o atendimento e posteriormente manter o serviço para o público que necessitar regularmente. A ideia segundo Branco é dar continuidade ao convênio.

A Secretária de Município da Saúde falou sobre a sobrecarga atual da demanda para estas especialidades no SUS “Nós temos essa necessidade que foi identificada assim que assumimos a gestão da secretaria. Uma demanda muito grande de pacientes que aguardam por estes dois tipos de procedimentos. São procedimentos que necessitam de uma disponibilidade técnica para a realização, leva um pouco mais de tempo para ser executado. Hoje, totalizamos mais de 4 mil exames aguardando autorização.”

Convênio com empresa prestadora do serviço e a Santa Casa do Rio Grande

“É uma demanda que não está no contrato da Santa Casa como o SUS. Por isso que o município está fazendo essa aquisição para que consiga atender.”, disse Zelionara.

Ela ainda explica sobre o período para aguardar os exames: “primeiro apresentamos a redução de lista de espera para no menor prazo possível equalizar a lista de espera. O que é esperado de tempo para um exame deste tipo é em média trinta dias, é um tempo aceitável. Claro que dependendo da necessidade da prioridade de cada caso. Hoje não conseguimos respeitar isso.  Tem pessoas até há cinco anos esperando os exames. Em 10 meses, no máximo um ano, queremos equalizar a fila de tempo de espera. E a partir daí a gente vai continuar tendo demanda. As pessoas continuarão sendo atendidas. Continuarão tendo necessidade de realizar o procedimento. Este serviço Reduz os custos da alta complexidade.”

A presidente do Conselho Municipal de Saúde, Eliane Pereira diz que o conselho participou desde o início da decisão: “o processo chegou ao conselho para que os conselheiros e a comissão analisassem e levarem suas sugestões e considerações. Esse processo foi aprovado por unanimidade porque entendemos que é um serviço necessário a população que tinha uma demanda reprimida de muitos anos. Foi uma forma através da Santa Casa do Rio Grande de viabilizar a vinda da empresa de Canoas para fazer esse serviço e atender a nossa comunidade.”

Jornalista Thuanny Cappellari/RIO GRANDE TEM

Foto: Thuanny Cappellari

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