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Gabinete de Crise atualiza situação de protestos pós-eleições no Estado

Distribuição de combustíveis está próxima da normalidade, conforme dados do Sulpetro apresentados na reunião

Conforme balanço apresentado na mais recente reunião do Gabinete de Crise, realizada no fim da tarde desta quinta-feira (3/11), não há bloqueios significativos nas estradas ou ocorrências policiais que envolvam protestos ou manifestações políticas em andamento no Estado. Criado pelo governo do RS, o Gabinete monitora atos pós-eleições no Estado.

Coordenada pelo governador Ranolfo Vieira Júnior na Sala de Governança do Centro Administrativo do Estado, a reunião contou com a participação de secretários estaduais e representantes das forças de segurança, entre outros órgãos envolvidos com o tema.

O balanço apresentado pela Brigada Militar indicou que, entre 31 de outubro e 2 de novembro, ocorreram mais de 50 bloqueios totais e 220 parciais em estradas gaúchas, gerando 165 autuações da BM e 171 da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A Polícia Civil registrou, no mesmo período, 35 ocorrências.

Monitoramento segue

As ações do Estado para garantir a desmobilização de possíveis novos pontos de bloqueio ou de manifestações violentas seguirão, conforme adiantou o governador. “Não tenho dúvida que o Gabinete de Crise foi importante para garantir que a lei e a ordem fossem respeitadas no RS. Esse grupo continuará ativo e monitorando possíveis atos irregulares”, disse Ranolfo.

Os integrantes do gabinete também apontaram que há preocupação com desabastecimento de produtos na Ceasa – reflexo dos protestos em outros Estados –, e possíveis problemas nos estoques de medicamentos. A situação da distribuição de combustíveis está próxima da normalidade, conforme dados do Sulpetro – sindicato que reúne distribuidores de combustíveis no RS.

Repúdio a agressões à mídia

Na reunião, foi citada a agressão que a equipe de reportagem da TV Bandeirantes sofreu na quarta-feira (2/11) enquanto fazia a cobertura jornalística de manifestações no Centro de Porto Alegre. O agressor foi preso em flagrante pela Brigada Militar por lesão corporal.

A Polícia Civil investiga outros casos de agressão ou hostilidade a profissionais da Record TV, RDC TV e SBT durante os protestos na capital. Para assegurar o pleno exercício da liberdade de imprensa, a Brigada Militar passou a fazer acompanhamento individual das equipes de reportagem.

Ainda na quarta (2), o governador Ranolfo Vieira Júnior se manifestou sobre essas ocorrências em seu perfil nas redes sociais. “Repudio os episódios de hostilidade aos profissionais de imprensa que estavam cobrindo as manifestações no Centro de Porto Alegre e expresso minha irrestrita solidariedade àqueles que foram agredidos e tiveram seu trabalho jornalístico prejudicado. Não admitiremos qualquer ato de violência ou quebra da ordem e dos princípios democráticos, que por todos devem ser respeitados”, disse.

O Gabinete de Crise é composto, por parte do Estado, pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) e suas vinculadas (Brigada Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar, Instituto-Geral de Perícias e Departamento Estadual de Trânsito); Secretaria de Logística e Transportes (Selt); Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer); Procuradoria-Geral do Estado (PGE); Casa Civil, Secretaria de Comunicação e Defesa Civil Estadual.

Também integram o grupo de trabalho Ministério Público Estadual (MPRS), Ministério Público Federal (MPF), Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Forças Armadas, Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e Sulpetro.

SECOM RS

Foto: Nabor Goulart/SECOM RS

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