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Estudantes do Colégio Alternativo visitam aldeia indígena em Rio Grande

No dia 02 de maio os estudantes do Colégio Alternativo dos anos finais do 7º ano, 8º ano e 9º ano conheceram a aldeia indígena localizada no Distrito do Povo Novo e a Escola Estadual de Ensino Fundamental Pará Mirim. A atividade em referência ao dia do índio celebrada em 19 de abril, possibilitou o conhecimento da cultura e tradição indígena. Durante o passeio, eles realizaram uma trilha e puderam prestigiar a gastronomia indígena, saber um pouco mais sobre o idioma, artesanato e ainda, vivenciaram a apresentação com cantiga do povo da aldeia.

Para a Diretora Claudia Guedes, incluir atividades externas ao colégio proporciona maior êxito no aprendizado.

“Sabe-se que a “prática” nos dá a chance em nível de 80% de maior êxito do que a teoria, assim, paulatinamente, o Colégio adotará atividades mais “vivas”. Não se deve trabalhar apenas com memorização, porque a maioria dos alunos simplesmente esquece os conceitos após a aula, o ideal é se obter atividades mais interativas. “Paramos” por 2 anos de pandemia e, aos poucos, estamos retomando.”

A visita foi conduzida pelo professor de história, Talles Machado que conversou com a nossa equipe sobre a experiência. Para o professor a atividade permitiu melhor compreensão da história: “Quebrando preconceitos e mostrando essa cultura no presente, ajudou os alunos a compreenderem a história e o processo de sincretismo entre o mundo europeu e o mundo americano”.

Como conhecer a aldeia indígena contribuiu para o conhecimento dos estudantes na vida acadêmica e para a formação como ser humano?

Esta experiência ajudou os alunos a quebrar com estereótipos e a perceber a realidade do indígena hoje. Ao entrarem in loco eles notam de forma mais efetiva como a cultura nativa brasileira compõe a identidade brasileira. Assim, quebrando preconceitos e mostrando essa cultura no presente ajudou os alunos a compreenderem a história, o processo de sincretismo entre o mundo europeu e o mundo americano que forma a cosmovisão do indivíduo na realidade.

O que mais chamou a atenção dos estudantes na atividade?

A surpresa deles com a realidade humilde e o impacto de não encontrarem aquela pessoa com pena na cabeça e pintada. Experimentar a comida típica, natural como foi a batata doce guarani assada na brasa rendeu muitos elogios. Os estudantes assistiram a uma apresentação demonstrando a cultura indígena, afirmaram gostar e acharam curiosa aquela forma de expressão. A maior ênfase dos alunos foi sobre a alimentação e a trilha que fizeram na aldeia.

Os estudantes observaram diferença nas relações entre o modo de viver na aldeia e a vida que eles (os estudantes) levam?

A condição humilde dos indígenas chamou muito a atenção dos alunos. A pobreza foi um ponto triste que despertou a empatia. De certa forma esse foi um dos objetivos que me motivou a executar essa saída de campo com eles: quebrar o índio lendário em prol do indígena real e cidadão.

A renda dos indígenas é basicamente do artesanato? Como os estudantes observaram isso?

Sim. A renda deles é basicamente a venda de seus artesanatos. Aparentemente eles estão buscando diversificar, mas esse processo está muito no início. Alguns alunos adquiriram algumas peças do artesanato, mas isso parece ser comum a eles, uma vez que a figura do indígena vendendo artesanato nas ruas é algo corriqueiro em nossa cidade. A curiosidade deles foi aguçada com os chás e remédios naturais utilizados pelos indígenas.

Redes Sociais do Colégio Alternativo

Jornalista Thuanny Cappellari/RIO GRANDE TEM

Foto: Professor Talles Machado

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