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CIEVS Rio Grande alerta à população sobre a varíola dos macacos

O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do município do Rio Grande (CIEVS) alerta à população sobre a Monkeypox, popularmente chamada de varíola dos macacos, que tem sido registrada em vários países do mundo, incluindo o Brasil. Dada a ocorrência de casos de Monkeypox em alguns estados brasileiros, o CIEVS alerta e orienta à população sobre as características da doença, sintomas para que sejam reforçadas as medidas de vigilância e monitoramento de casos suspeitos.

Os casos recentemente detectados apresentaram uma preponderância de lesões na área genital. A erupção cutânea passa por diferentes estágios e pode se parecer com varicela ou sífilis, antes de finalmente formar uma crosta, que depois cai. Quando a crosta desaparece, a pessoa deixa de infectar outras pessoas. A diferença na aparência com a varicela ou com a sífilis é a evolução uniforme das lesões.

A transmissão entre humanos ocorre, principalmente, por meio de contato pessoal com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos recentemente contaminados. A erupção geralmente se desenvolve pelo rosto e depois se espalha para outras partes do corpo, incluindo os órgãos genitais.

Conforme o Ministério da Saúde, já são cinco os casos de Monkeypox no Brasil: um no Rio Grande do Sul, três em São Paulo e um no Rio de Janeiro. Oito casos seguem em investigação. Um óbito que estava em investigação em Minas Gerais foi descartado para monkeypox. As causas desse óbito ainda estão sob investigação.

Por sua característica portuária, Rio Grande possui um CIEVS Estratégico, que é ligado ao Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) da Secretaria Estadual da Saúde (SES/RS). Qualquer caso suspeito é de notificação imediata, até 24 horas, pelos profissionais de Saúde de serviços públicos ou privados bem como deve ser divulgada, de maneira rápida e eficaz, as orientações para resposta ao evento considerado como de saúde pública.

Até terça-feira (14), estavam confirmados mais de 1.700 casos, em 36 países, principalmente, na Europa, como Reino Unido (470), Espanha (275), Portugal (231) e Alemanha (229). Na região das Américas, foram diagnosticados casos no Canadá (123), Estados Unidos (65), Argentina (3), México (2) e Venezuela (1).

Tratamento

O tratamento da Monkeypox é baseado em medidas de suporte com o objetivo de aliviar sintomas, prevenir e tratar complicações e prevenir sequelas. Para prevenção de casos recomenda-se para profissionais da saúde o uso de equipamentos de proteção individual como máscaras, óculos, luvas e avental, além da higienização das mãos regularmente. A população em geral pode se prevenir também fazendo o uso de máscara e higienizar as mãos. Em caso suspeito da doença, realizar o isolamento imediato do indivíduo, o rastreamento de contatos e vigilância oportuna dos mesmos. O isolamento do indivíduo só deverá ser encerrado após o desaparecimento completo das lesões

Origem

A Monkeypox é uma doença causada pelo vírus Monkeypox do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae. O nome deriva da espécie em que a doença foi inicialmente descrita em 1958. Trata-se de uma doença zoonótica viral, cuja transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animal ou humano infectado ou com material corporal humano contendo o vírus. Apesar do nome, os primatas não humanos não são reservatórios. Embora o reservatório seja desconhecido, os principais candidatos são pequenos roedores (como esquilos) nas florestas tropicais da África, principalmente na África Ocidental e Central. O Monkeypox é comumente encontrado nessas regiões e pessoas com o vírus são, ocasionalmente, identificadas fora delas, normalmente relacionadas a viagens para áreas onde a Monkeypox é endêmica.

Nome correto

Para evitar que haja um estigma e ações contra os Primatas Não-Humanos (PNH) do gênero macaca, optou-se por não denominar a doença no Brasil como varíola dos macacos, pois embora tenha se originado em animais desse gênero, o surto atual não tem relação com ele. Apesar do estrangeirismo, uma tentativa de solucionar a situação foi a de usar a denominação dada pela OMS, “Monkeypox”. Isso tudo com intuito de se evitar desvio dos focos de vigilância e ações contra os animais.

Assessoria de Comunicação Social Prefeitura Municipal do Rio Grande

Foto: Divulgação

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