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Agosto Dourado encerra mas cuidados com os bebês seguem oferecidos o ano inteiro

O que você faz com seu filho hoje vale para toda a vida. Esse foi um dos ensinamentos repassados por profissionais da Saúde no Rio Grande, durante a live realizada na segunda-feira, 30, por meio das redes sociais da Prefeitura Municipal e dentro das atividades do Agosto Dourado.

A programação do mês dedicado à Campanha Nacional Agosto Dourado e à IX Semana Municipal do Bebê encerrou com as participações da nutricionista Larissa Amaral e da psicóloga Michele Branco, ambas vinculadas à Secretaria da Saúde da Prefeitura, e da coordenadora do Banco de Alimentos do HU/FURG, Grace Santos.

“A importância do aleitamento materno no desenvolvimento integral da criança” foi o tema central da Campanha Nacional e dentro dessa temática é que Larissa, Michele e Grace desenvolveram suas apresentações. Daiane Bitello, que coordena o Programa Saúde da Criança e o GTM (Grupo Técnico Municipal) no Primeira Infância Melhor/PIM na Secretaria, conduziu a live. No começo da transmissão, ela lembrou que a programação do Agosto Dourado e da Campanha Nacional estava encerrando, mas as orientações em relação ao aleitamento materno e aos cuidados com o bebê seguem o ano todo, por meio das unidades da Saúde e dos seus profissionais.

Alimentação na gestação

Em pouco mais de uma hora de transmissão, as profissionais passaram várias orientações. Larissa Matos abordou o tema ‘O aleitamento materno é quando o amor transborda em alimento, um alimento cheio de nutrientes, saúde e vida’. Para ela, amamentar é muito mais do que alimentar uma criança, é um gesto de carinho.

“A alimentação infantil começa durante a gestação. Alguns estudos indicam que a alimentação da mãe durante a gestação irá definir as preferências alimentares das crianças.” A nutricionista acentuou que o leite materno é extremamente importante para o desenvolvimento da criança e “será sempre superior se comparado com outros tipos de leites, em termos de quantidade, qualidade e saciedade do que a criança necessita.” E mais: “O leite materno contém, aproximadamente, uma centena de componentes que não podem ser replicados no leite artificial e, a cada dia, a ciência vem encontrando mais substâncias imunomoduladoras”.

Outra nutricionista a participar da atividade foi Grace Santos, coordenadora do Banco de Leite do HU e do Hospital Amigo da Criança. Ela apresentou no debate o tema “Proteger a amamentação é uma responsabilidade de todos”. Para a nutricionista, essa responsabilidade é de todos os cidadãos e não só dos profissionais. O assunto está alinhado com a temática dos 17 objetivos do Desenvolvimento Sustentável de 2030. Grace Santos lembrou que Rio Grande possui o único banco leite do Sul do Rio Grande do Sul e “isso demonstra que é possível auxiliar todas as mulheres que amamentam aqui e nos municípios vizinhos”. Sobre a Covid-19, “ainda existem muitas dúvidas a respeito da amamentação e esse é o nosso papel, isto é, esclarecer para que não deixem de amamentar”. Uma das observações da nutricionista foi a de que “as mulheres que amamentam são vulneráveis e dependem de todas as pessoas para auxiliar no aleitamento materno”.

Cuidar da mãe

Michele Branco reforçou o conceito sobre o aleitamento materno. Com o tema “Interfaces do aleitamento materno”, a psicóloga falou do relacionamento do bebê com a mãe. Disse que antes de cuidar do bebê é preciso que a mãe esteja saudável e, emocionalmente, estável para acolher e transmitir afeto ao seu filho.

“Quase toda a mãe é capaz de amamentar com sucesso. No entanto, muitas precisam ser encorajadas e ajudadas a começar a amamentar. Aquelas que não possuem confiança precisam do apoio do pai, dos amigos, dos profissionais da Saúde. Esse momento inicial não é fácil e a amamentação pode ter impacto na saúde mental da mulher.”

Insegurança, privação do sono, mudanças hormonais, responsabilidade de cuidar de um recém-nascido, baixa auto-estima e a sensação de que perdeu o controle de sua vida associado a outros fatores podem levar a muitos quadros de tristeza, de depressão. “É fundamental que estejamos atentos a esse comportamento da mulher”, aponta a psicóloga. “É preciso olhar para a mãe, compreender o que ela está sentindo e o seu comportamento (no período de amamentação), ou seja, menos julgamento e mais apoio”, finalizou.

Assessoria de Comunicação Social – Prefeitura Municipal do Rio Grande

Foto: Divulgação

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