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Você se compara muito? Hábito pode influenciar sintomas da depressão!

Segundo coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, o movimento constante de comparação pode influenciar nos sintomas da ansiedade e até da depressão

Com o aumento do uso das redes sociais e a expansão dessa potente ferramenta para fins comerciais e profissionais, cada vez mais os usuários buscam reforço social através da visualização, publicação e compartilhamento de momentos que remetem alegrias, conquistas, desafios, como a rotina do dia a dia e no ambiente de trabalho, encontros com a família e amigos, viagens, jantares em bons restaurantes, o dress code para determinada ocasião, corpos perfeitos e demais tendências do momento. Mas será mesmo que a “grama do vizinho tem mais likes que a nossa”?

Segundo a coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, Raquel Corrêa da Silva, todos nós estamos desempenhando papéis em diferentes áreas, e nas redes sociais é possível identificar quem busca um reforço social mediante ao que se compartilha ou segue.

“Nem toda publicação reflete a verdade sobre a vida de alguém, as pessoas utilizam filtros sociais para se promover e mascaram os momentos menos prósperos em suas vidas. É preciso saber que dias de sol e de chuva chegam para todos. Os desafios, glórias e conquistas são vivenciados em diferentes momentos pelos indivíduos. As adversidades também servem para aprendizado, porém raramente vão para a internet. Lembre-se de quantos amigos ou conhecidos já tiveram algum problema e você só soube depois que tudo foi resolvido. Quantas vezes você deve ter dito a alguém que se soubesse que a pessoa estava passando por um mau momento teria ajudado. Essas coisas não são compartilhadas nas redes, mas fazem parte da vida de qualquer indivíduo”, opina a especialista.

O ponto central para evitar as comparações, segundo a psicóloga, é entender que cada indivíduo é único e que a sua história de vida é diferente quando se compara a outras pessoas. Há pessoas que conseguem o trabalho dos sonhos, casa ou carro do ano antes dos trinta anos, mas há também aqueles que não conseguiram ainda nesse tempo, mas que possuem outras grandes conquistas que também promovem grande felicidade e motivação.

Tantas comparações, segundo a psicóloga, podem influenciar nos sintomas da ansiedade, depressão, como também evidenciar alguma sensação de frustração e baixa estima.

“O significado de felicidade não se resume apenas a um aspecto cultural ou social. Cada um tem um conceito próprio acerca do que é felicidade. O que nos faz feliz envolve a nossa história, as nossas metas, o que já conquistamos, as nossas aspirações, o que nos deixa leve, bem como outros fatores. Por esse motivo, o autoconhecimento se faz tão importante atualmente”, acrescenta Raquel.

A seguir, a professora universitária elenca algumas dicas importantes para evitar as comparações:
*Cada pessoa é única:* temos trajetórias de vida singulares, que nos tornam únicos. E são essas diferentes experiências que impactam nas nossas escolhas, decisões e conquistas. Com isso, a comparação nem sempre é algo justo, tanto para quem se compara como como para quem é comparado. Todos nós estamos seguindo nossos próprios caminhos, com as dores e alegrias inerentes a cada ser.

Prepare-se: “Os frutos vêm depois do plantio”. Um emprego dos sonhos e/ou aquela viagem incrível envolve em grande parte empenho e dedicação. Poucas vezes as conquistas de uma pessoa “caem do céu”.

Foque em você: ao se comparar com outra pessoa, não podemos deixar de lembrar que somos a pessoa central da nossa história. As conquistas e o modo de vida dos outros podem ser inspirações ou exemplos para recalcular a rota, estabelecer metas; mas lembrando sempre que somos o nosso primeiro lugar.

Comemore as conquistas: o resultado é apenas a cereja do bolo, e o caminho percorrido até a chegada é extremamente relevante e repleto de grandes aprendizados, experiências, conhecimento e vivências. Não deixe de comemorar pequenas conquistas, os pequenos e grandes passos.

Assessoria de Comunicação Faculdade Anhanguera

Foto: Pixabay

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