BlogsPapo de Educação

Setembro Amarelo alerta para a saúde mental das crianças e adolescentes

Especialista destaca a importância da observação familiar, da empatia e da acolhida dos sentimentos

Tristeza, ansiedade, baixa autoestima, falta de perspectiva, frustrações e outras questões que afetam a saúde mental passaram a fazer parte da rotina e assumem como protagonistas da vida de muitas pessoas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os anos, cerca de 1 milhão de pessoas tiram as próprias vidas.  Este percentual assusta ainda mais ao mostrar que o suicídio está entre as principais causas de mortes entre adolescentes.

Neste mês da campanha de prevenção ao suicídio, “Setembro Amarelo”, é importante também ter atenção com os sentimentos e o comportamento dos pequenos e jovens “A pandemia foi responsável por impactar diretamente a saúde mental de crianças e adolescentes. Questões como a mudança de rotina e isolamento social acabaram desencadeando momentos de angústia, medo e tristeza. Mesmo com a retomada das atividades escolares e o convívio social, sabemos que não tem sido uma tarefa fácil para todos nós.”, destaca a coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, Raquel Correia da Silva.

Raquel explica que a tristeza é um sentimento normal e na infância pela imaturidade é mais difícil verbalizar o que está incomodando, ataques de raiva, irritabilidade e agressividade podem ser sinais de que a criança está em sofrimento. Ensinar a criança a nomear e verbalizar os sentimentos ajuda no processo além de dar voz ao que sentem, sem recriminar ou julgar tal sentimento. Também enfatiza a necessidade de ter cuidado com o uso excessivo dos recursos tecnológicos como celular, tablet, computadores, pois podem desenvolver ou agravar graus de ansiedade além de afetar diretamente o desenvolvimento da linguagem e habilidades de se relacionar com o próximo.

Observação familiar

Como perceber que uma criança ou um adolescente está com a saúde mental afetada? Quais os sinais? A coordenadora ressalta a importância em observar a presença de mudanças comportamentais no filho, como apresentar isolamento social, não querer mais brincar ou conviver com os pares, queda do rendimento escolar além de mudança de humor para triste, desinteressado ou irritado. Analisar como está o sono e o apetite também é importante. Já os adolescentes costumam apresentar algum tipo de transtorno ficando mais introspectivos, afastando-se dos seus grupos sociais e apresentando também alteração no apetite, comendo pouco ou mais vezes ao dia. Crianças costumam apresentar mais sintomas físicos como dores no corpo e de cabeça.

Empatia e apoio

Para ajudar as crianças e adolescentes que estão com a saúde mental afetada, a especialista destaca alguns pontos como a empatia e o amparo. É válido auxiliar, tanto as crianças quanto os adolescentes, a nomear de fato e verbalizar o que eles estão sentindo e ensiná-los a falar sobre os seus sentimentos. Seja por meio da escrita, do diálogo ou de alguma atividade em família, deve-se oferecer a escuta, acolher e trazê-los para perto.

Por último, Raquel enfatiza o valor de um lar harmonioso no trabalho diário de manter a relação e o convívio saudável e necessário com a família e amigos perante as diferentes situações que ainda viverão ao longo dos anos e sempre buscar atendimento médico ou psicológico na suspeita de algum transtorno mental.

Assessoria de Comunicação Faculdade Anhanguera Rio Grande

Foto: Freepik

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.