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Rio-grandina pesquisa as indústrias do Rio Grande

A rio-grandina Olivia Nery é Pós- Doutoranda na Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e pesquisa o patrimônio industrial do Rio Grande. Atua também como professora na Universidade Estadual do Paraná, no curso de História, campus de Campo Mourão. Graduada em História Bacharelado pela Universidade Federal do Rio Grande – FURG, mestra em Memória Social e Patrimônio Cultural pela UFPel e Doutora em História pela PUCRS.

Olivia expressa o quanto é apaixonada pela profissão de historiadora: “Sempre me interessei pelas questões culturais, memoriais e patrimoniais da nossa cidade, e acho que conseguir pesquisar a relação complexa que Rio Grande, e rio-grandinos e rio-grandinas têm com a cidade, é minha maior motivação.”

Desde a graduação, Olivia pesquisa o patrimônio cultural, memória social, museus e objetos, abordando os aspectos da história da cidade. Também trabalhou no Museu da Cidade do Rio Grande, de 2015 até 2017. Teve a oportunidade de realizar o Doutorado Sanduíche em Portugal na Universidade Autónoma de Lisboa sob a supervisão do Prof. Dr. José Amado Mendes

A trajetória intensa na área acadêmica também foi trilhada no exterior, entre 2018 e 2019 cursou o período de Doutorado Sanduíche em Portugal, na Universidade Autónoma de Lisboa, sob supervisão do professor Dr. José Amado Mendes, referência na área de história empresarial, história industrial e patrimônio industrial.

No final de 2020 começou o Pós-Doutorado na UFPel no Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Patrimônio Cultural, com financiamento (bolsa de Pós-Doutorado Júnior) do CNPq, sob a supervisão da professora Dra. Maria Leticia Mazzucchi, também orientadora no mestrado.

Olívia iniciou no Doutorado a pesquisa sobre a história industrial da cidade sobre a Leal, Santos & C., e para ela foi a oportunidade de se aprofundar nas discussões sobre patrimônio industrial, sobretudo na experiência do Doutorado Sanduíche. A sua orientadora, professora Maria Leticia se dedica ao patrimônio industrial desde seu doutorado na PUCRS (concluído em 2002), quando pesquisou sobre a Fábrica Rheingantz, e, desde então, desenvolve e orienta investigações sobre patrimônio industrial, sendo referência na área no país e no exterior.

“Rio Grande é uma cidade industrial e operária, e convivemos até hoje com os vestígios materiais e imateriais do passado industrial e ainda há muito o que ser pesquisado sobre. É difícil encontrar um rio-grandino ou rio-grandina que não tenha nenhuma relação (pessoal ou familiar) com as diversas fábricas que Rio Grande já teve, e continua tendo.”, explicou Olívia.

A pesquisa de pós doutorado realizada por Olívia e supervisionada pela professora Dra. Maria Letícia possui enfoque diferente do que já foi produzido. “A pesquisa é mais ampla do que já têm sido realizado, e propõe um inventário e mapeamento incluindo todos os estabelecimentos fabris e outros tipos de patrimônio industrial na cidade do Rio Grande desde 1950 até 2020”, explica.

Como resultado da pesquisa, elas buscam a aproximação da comunidade com a sua própria história e pretendem desenvolver um mapa onde será possível obter informações das indústrias no passado:

A ideia é que ao final da pesquisa a comunidade conheça melhor a história e o patrimônio industrial local. Para isso, criaremos um mapa virtual com as informações da pesquisa, onde será possível caminhar virtualmente por esses espaços, ver fotos, histórico e documentação. Além disso, temos outras atividades planejadas como alguma exposição virtual, catálogo etc.

Conhecer a própria história

A professora destaca a relevância do trabalho de resgate da história para a comunidade:

Sei do potencial e importância de conhecermos a nossa história, tanto para a preservação do patrimônio, como para questões de identidade, autoestima, valorização da história local e dos personagens que fazem parte dessa história.

E mais que proporcionar memórias, a pesquisa oferece a chance para que descendentes de trabalhadores e trabalhadoras das indústrias rio-grandinas sejam reconhecidos e notados a partir de seus nomes. Motivo que incentiva Olivia a prosseguir com esse trabalho:

A oportunidade de dar nome à trabalhadores e trabalhadoras da nossa cidade, que foram peças fundamentais para o cenário industrial, econômico e cultural local, é também uma grande motivação. Assim como perceber o engajamento e a participação da população na pesquisa, evocando e compartilhando memórias sobre suas histórias, histórias de familiares.

Participação da Comunidade

Para o desenvolvimento e execução da pesquisa, ela conta com a participação de rio-grandinos e pessoas que possuem relatos sobre as indústrias na cidade, experiências de familiares, amigos, contando com pesquisa documental, depoimentos orais, escritos e fotos da população rio-grandina.

A sua participação pode ajudar a registrar a história da nossa cidade. Tem algum relato, experiências, fotos ou documentos sobre as indústrias em Rio Grande?

Entra em contato através do Facebook: Caminho Fabil, preencha o formulário ou envia email para olivianery@gmail.com

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→ caminhofabrilrg.wixsite.com/caminhofabrilrg

Jornalista Thuanny Cappellari/RIO GRANDE TEM

Foto: 

One thought on “Rio-grandina pesquisa as indústrias do Rio Grande

  • Marcelo Hansen Madail

    Boa noite
    estou pesquisando minha genealogia e tenho algumas informações sobre meu Bisavô Johannes Hansen, vindo da Dinamarca, morou em Rio Grande e trabalhou na fábrica de Charutos Poock. Gostaria de saber se existem ainda as listas de funcionários da fábrica ou outras fontes onde possa pesquisar…
    obrigado

    Resposta

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