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Região vai respeitar restrições até o início de março

“Vamos enfrentar o avanço da pandemia na zona sul adotando as restrições do protocolo de distanciamento estadual da bandeira vermelha para afastar as chances de classificação para a bandeira preta nas próximas semanas”. A afirmação é do presidente da Associação dos Municípios da Zona sul (Azonasul), Vinicius Pegoraro, prefeito de Canguçu, após reunião emergencial promovida pela entidade durante a manhã de domingo. Os chefes do Executivo da região estão com o sinal de alerta ligado frente à aceleração de contaminações da Covid-19 e inesperada lotação de hospitais.

Durante o encontro, a coordenadora regional de Saúde, Caroline Hoffmann, apresentou números crescentes de ocupações de leitos na região, tanto de UTIs como enfermaria e pediu que os gestores municipais suspendessem as flexibilizações adotadas nas últimas semanas. “O quadro é alarmante e teremos que retroceder sob pena de colapso regional. Não queremos que faltem leitos, oxigênio e assistência àqueles pacientes acometidos com o vírus”, disse.

A coordenadoria regional de Saúde também apresentou dados explicando as características clínicas dos quadros de doentes e mostrou que a nova variante do vírus ainda não chegou na região. Segundo a epidemiologista Dóris Schuch, os exames de PCR não acusaram contaminações com a cepa do coronavirus, identificada inicialmente em Manaus. O fato também gerou insegurança, uma vez que a mutação poderá chegar na zona sul em meio ao caos de confirmações de casos contraídos durante a temporada de veraneio e aglomerações do período de Carnaval. “Já estamos tomando providencias para o momento de chegada desta variante requisitando leitos clínicos em todos os hospitais com revogaç&otil de;es de cirurgias eletivas e outros procedimentos”, adiantou a profissional.

Os prefeitos da Azonasul também votaram pela manutenção do processo de cogestão das bandeiras estaduais, o que oportuniza aos prefeitos autonomia para deliberar sobre atividades em seus municípios que devem operar em modalidades mais gravosas ou mais brandas do que os protocolos da bandeira vermelha estadual. A posição será levada para a reunião que a Federação das Associações de Municípios do RS (Famurs) promoverá na tarde desta segunda-feira com o governador Eduardo Leite. O entendimento é de que o segmento produtivo não pode mais ser penalizado, porém, aquelas pessoas que participam de festas clandestinas com aglomerações e descumprem os protocolos sanitários precisam ser punidas com mais severidade pe las autoridades policias, levando registros ao Ministério Público para devidas responsabilizações.

Outro ponto acordado durante a reunião da Azonasul foi de que será necessário exercer pressão junto ao governo federal para a liberação de novos recursos, uma vez que as verbas destinadas aos municípios foram completamente esgotadas com o avanço da pandemia. Uma alternativa é a busca de verbas do Fundo Nacional de Saúde. “ Precisamos que a esfera federal precisa voltar a decretar calamidade e destinar recursos. Aqui em Pelotas, esgotaremos no próximo mês todos os recursos Covid e não teremos condições com orçamento próprio de manter os leitos de UTI e o Centro Covid, o que afeta toda a região”, disse a prefeita Paula Mascarenhas.

Decreto

O Comitê Regional de Enfrentamento à Pandemia reúne-se as 8h15min desta segunda-feira para discutir um modelo único de decreto regional focado nas contenções de aglomerações. O coordenador do grupo, Favio Telis, prefeito de Jaguarão, vai liderar o processo para a aprovação do documento que terá validade de sete dias e adianta que algumas atividades informais terão mais rigidez para o funcionamento. Telis também debaterá com o grupo a implementação de ações alternativas, como o tratamento precoce e campanhas institucionais para a conscientização da população de que a pandemia ainda não terminou. “ Precisamos, todos, aprender a conviver com o vírus. Ca da um mantendo o máximo de cuidado e prevenindo a disseminação da doença”, afirmou.

Assessoria de Comunicação Azonasul

Foto: Divulgação

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