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Polinizando o Pampa busca restaurar bioma e gerar renda com a produção de mel

Um importante projeto de produção de mel está incentivando a recuperação do Pampa Gaúcho. Nomeado como Polinizando o Pampa, ele oportuniza e estimula a criação de abelhas sem ferrão, espécie que também contribui para a recuperação natural da vegetação da região, fortemente impactada nas últimas décadas. Dessa forma, a ideia é aliar o interesse socioambiental com uma alternativa de renda para as famílias de Rio Grande.

O projeto começou no ano passado, quando a Prefeitura do Rio Grande, por meio da Secretaria de Meio Ambiente (SMMA), e com apoio de empresas parceiras, realizou a distribuição de caixas de abelhas jataí para produtores selecionados. Como parte da proposta, eles passaram por capacitações sobre como realizar o trabalho e estão sendo acompanhados de perto por equipes técnicas, que têm avaliado o andamento do processo. O monitoramento inclui o número de potes produzidos de mel, a quantidade de pólen, a presença de inimigos naturais, as mudanças de temperatura, entre outros.

Para o secretário de Meio Ambiente do Rio Grande, Pedro Fruet, os primeiros meses de trabalho foram positivos. “Esse é um projeto que tem um potencial enorme, não apenas por oferecer um futuro incremento de renda para os produtores, mas por visar a recuperação do Pampa, um bioma que vem sofrendo muito. Também funciona como uma oportunidade de promover a conservação da biodiversidade através de um projeto bonito que utiliza as abelhas como uma espécie de bandeira, que ajuda na questão da polinização e que pode trazer muitos benefícios não só para o homem, como também para o meio ambiente”, afirma.

Neste contexto, a proposta também tem gerado novas formas de estudar e explorar o tema. A ideia é apresentar o trabalho para as escolas, para que possam auxiliar nas atividades letivas e incentivar a consciência ambiental dos alunos.

Abelhas e a polinização

Existem de 300 a 400 espécies de abelhas sem ferrão no Brasil, país mais rico do mundo em variedades desses insetos. Mas especialistas acreditam que, num futuro bem próximo, somente dez espécies poderão ser salvas da extinção.

Sua preservação é importante devido ao papel fundamental que desempenham na cadeia biológica: fazer a polinização e garantir, dessa forma, a continuidade das espécies de flores de onde insetos e outros animais retiram seu alimento.

Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), cerca de 75% da produção mundial de frutas e sementes para o consumo humano depende da ação de polinizadores.

Diante desse cenário, Polinizando o Pampa se propõe a contribuir para evitar a extinção das abelhas melíponas, muito ameaçadas por ações humanas que degradam o meio ambiente, como o uso de defensivos agrícolas, destruição de florestas e retirada de colmeias de abelhas nativas da mata.

Assessoria de Comunicação Social Prefeitura Municipal do Rio Grande

Foto: Divulgação

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