NotíciasRio Grande

Pelo quarto ano consecutivo, o HU-Furg realiza imunização pelo Palivizumabe

A medicação é fornecida via SUS

Em 29 de abril, no Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa Jr. da Universidade Federal do Rio Grande (HU-Furg), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), foi realizado mais um ciclo da aplicação do Palivizumabe. Este é o quarto ano consecutivo que o Hospital realiza a imunização, desde que foi habilitado como polo regional, sendo referência para os municípios de Rio Grande, São José do Norte, Chuí e Santa Vitória do Palmar. “Entretanto, crianças de municípios fora da nossa região também fazem parte desse grupo por serem egressos da UTI Neonatal do HU-Furg. No primeiro ciclo 24 bebês receberam o imunizante e, neste ciclo, foram 25, que preenchem os critérios inclusivos do Ministério da Saúde (MS)”, como salienta a pediatra Marilice Magroski.  A maioria dos pacientes recebeu a imunização no Ambulatório Central e outros, nas unidades do Hospital, por ainda estarem internados.

A equipe do HU-Furg que atua na aplicação é composta por pediatras, enfermeiros, secretária e farmacêuticos que trabalham, seguindo o protocolo estabelecido pelo MS que disponibiliza, anualmente, via Sistema Único de Saúde (SUS), até cinco doses/ano de Palivizumabe por criança. As aplicações são realizadas de março a setembro, período de maior circulação do Vírus Sincicial Respiratório (VSR). O HU-Furg segue o protocolo estadual que prevê os seguintes critérios de inclusão:

  1. A) Crianças menores de 1 ano de idade (até 11 meses e 29 dias) que nasceram prematuras com idade gestacional menor ou igual a 28 semanas (28 semanas e 6 dias). Em 2021, até a terceira aplicação, sete crianças atenderam a esse critério.
  2. B) Crianças menores de 2 anos de idade, com doença pulmonar crônica da prematuridade. Em 2021, até agora, oito crianças se enquadraram nesse critério.
  3. C) Crianças menores de 2 anos de idade, com cardiopatia congênita com repercussão hemodinâmica demonstrada. Em 2021, até o momento, apenas uma criança incluída por esse critério.

Para receber a imunização, a criança deve ser egressa da UTI Neonatal do HU-Furg ou encaminhada pelo médico que a atende, com a documentação indicada na Normativa da Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul. Os documentos devem ser entregues no Ambulatório Central (Acesso 6) para serem analisados pela equipe do HU-Furg e, em caso de conformidade com os critérios de inclusão estabelecidos no protocolo, os pais ou responsáveis são contatados para o agendamento das aplicações.

Sobre o Palivizumabe

O Palivizumabe é um imunizante que tem por função deixar a criança protegida contra a infecção pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) por um tempo de 30 dias. Não é uma vacina, é um anticorpo (defesa pronta). O VSR é um dos principais agentes causadores das infecções que acometem o trato respiratório inferior em crianças menores de dois anos de idade, podendo ser responsável por até 75% das bronquiolites e 40% das pneumonias durante os períodos de frio. O VSR atinge o trato respiratório pelo contato íntimo de pessoas infectadas ou com superfícies ou objetos contaminados.

O público com maior risco para desenvolver infecção respiratória mais grave são bebês com menos de seis meses de idade, crianças com doença pulmonar crônica da prematuridade e cardiopatas – necessitando de internação por desconforto respiratório agudo em 10% a 15% dos casos. A prematuridade é um dos principais fatores de risco para hospitalização pelo VSR. Em prematuros com menos de 32 semanas de idade gestacional, a taxa de internação hospitalar é de 13,4%, sendo que esta taxa decresce com o aumento da idade gestacional. A presença de malformações cardíacas está relacionada a uma maior gravidade e taxas de hospitalização maiores em caso de infecções causadas pelo VSR. A taxa de admissão hospitalar nesses quadros é de 10,4%, com maior necessidade de internação em terapia intensiva e ventilação mecânica (37%) e mortalidade de 3,4% comparada a uma taxa de 0,5% na população previamente sadia. Nas crianças com Doença Pulmonar Crônica da Prematuridade (DPCP) a taxa de internação hospitalar atinge 17%.

Unidade de Comunicação Social do HU-Furg/Ebserh

Foto: HU-Furg/Ebserh 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.