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Novo hospital do Rio Grande terá investimento de R$ 90 milhões

Na noite desta quinta (09), no Hotel Laghetto Viverone, foi realizado debate sobre saúde e o lançamento da marca do novo hospital do Rio Grande. O hospital Monporto buscará atender a saúde suplementar com foco integral no atendimento privado. A inauguração está prevista para fevereiro de 2023. O investimento será de R$ 90 milhões, sendo, R$ 50 milhões estimados para aquisição do terreno e construção e R$ 40 milhões para equipamentos e capital de giro. A expectativa é a geração de 400 vagas de empregos no início da operação.

 A empresa L+M, é a responsável pela implementação da Unidade. O presidente do Monporto é o rio-grandino, médico ortopedista e traumatologista, professor da Universidade Federal do Rio Grande, Chefe da Divisão Médica do HU-Furg/Ebserh, Rafael Avancini.

A discussão sobre “Cuidado Certo ao Custo Certo: o ponto de encontro dos Protagonistas da Medicina Suplementar”, entre médicos e profissionais atuantes no sistema de saúde, foi mediada por Lauro Miquelin, CEO da L+M. O debate é promovido pela Rede de Saúde Açores no qual fazem parte médicos e profissionais da nova Unidade Hospitalar. Na primeira conversa estavam presentes o Superintende da Portos RS, Fernando Estima, o presidente da Santa Casa do Rio Grande, Renato Silveira, o presidente do Centro Clínico GNDI, Luiz Alberto Miño, o delegado do CREMERS em Rio Grande, Marcelo Molinari e o representante da Unimed, José Augusto Martinello.

Na segunda roda de conversa, marcaram presença, o presidente do Sindicato Médico do Rio Grande, Marco Antônio Freitas, o superintendente da Santa Casa do Rio Grande, César Paim, o Diretor Técnico da Santa Casa do Rio Grande, Evandro Oss, o Presidente do hospital Monporto, Rafael Avancini, a Superintende do Hospital Universitário (HU-Furg/Ebserh), Sandra Brandão, o Gerente de Atenção à Saúde do HU-Furg/Ebserh, Fábio Lopes e a Secretária de Município da Saúde, Zelionara Branco.

De acordo com o presidente do Monporto, Rafael Avancini, a saúde suplementar em Rio Grande abrange praticamente 50% da população rio-grandina. “Essa população neste momento está desassistida ou mal assistida, porque só pode servir-se ou de um hospital que é 100% público ou de um outro hospital que não consegue suportar toda a demanda. Desta forma, nós rio-grandinos, precisamos procurar atendimento de saúde e assistência médica em outras cidades, Pelotas ou Porto Alegre. A medida que tivermos os serviços aqui, nós vamos manter os pacientes na cidade.”, explicou.

O superintendente da Santa Casa do Rio Grande, César Paim, iniciou o diálogo apresentando o que considera a realidade da saúde do município: “Quando eu preciso de um serviço de saúde vou a Pelotas ou Porto Alegre”, afirmou.

A secretária de município da Saúde, Zelionara Branco, destacou a importância do serviço público de saúde, especialmente em áreas que continuarão sendo atendidas pelo SUS, como por exemplo, transplantes.

O Diretor Técnico da Santa Casa do Rio Grande, médico cirurgião cardiovascular, Evandro Oss, falou sobre a atuação profissional: “Não seremos bons médicos no privado, se não formos muito bons no público”. Oss ainda lembrou que há 12 anos um grupo de médicos pretendia abrir um novo hospital em Rio Grande e que na época, não se concretizou. Evandro parabenizou os profissionais pela execução do novo empreendimento Monporto.

Ao ser questionado pela nossa equipe, em relação a viabilidade econômica, da implantação de um hospital com atendimento exclusivamente privado, Rafael Avanci argumenta que Rio Grande e região possuem capacidade para receber um empreendimento desta amplitude:

“Os números são feitos há mais de 10 anos, são muito sólidos, e sim o município comporta um empreendimento destes. E ouso dizer que este hospital vai crescer rapidamente em número de leitos e provavelmente virão outros hospitais. Nós não falamos só do Rio Grande e não falamos só de 200 e poucos mil habitantes. Nós falamos de uma região que abrange quase 1 milhão de habitantes, são 28 municípios que dependem do Rio Grande. Então, é para essa região que nós estamos nos dedicando.”

Ainda de acordo com Avancini, serão contempladas desde a baixa até a alta complexidade, com serviço de emergência, UTI, centro de diagnóstico e bloco cirúrgicos completamente equipados.

O hospital Monporto será localizado na Avenida Presidente Vargas. As obras no terreno iniciaram há aproximadamente um mês e meio e a expectativa é o início dos atendimentos em 2023.

Jornalista Thuanny Cappellari/RIO GRANDE TEM

Foto: Thuanny Cappellari

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