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Não são vistas, são invisíveis

As pessoas com alto poder aquisitivo têm orgulho dos seus nomes e sobrenomes. Elas costumam bater no peito e dizer: “eu sou fulano de tal”. Já as mais humildes, as que não ganham muito, geralmente ganham apenas para sobreviver e mal conseguem pagar as contas básicas. Ademais, regularmente, são reconhecidas pelo primeiro nome e/ou por uma identificação numeral. E dependendo da função e/ou trabalho que desempenham não são vistas, são invisíveis. Além disso, frequentemente, não são consideradas dignas de respeito mesmo que sejam acessíveis, incríveis, inteligentes e mesmo que tenham muito a oferecer, em termos de amizade. As outras, as que têm dinheiro, correntemente, usam seus nomes e prestígio para humilhar os outros, não conseguem compreender o que realmente importa na vida. E ainda, muitos dão a impressão que foram feitos de vidro, de tão delicados que são, não fazem trabalho pesado, não se arriscam em lugares considerados perigosos e, em muitas circunstâncias, não sabem reagir. Por outro lado, os que são mais pobres, frequentemente, são mais fortes e resistentes, conseguem se virar em quase todas as situações, mesmo nas piores. Com isso, fazem aquela frase do Nietzsche: “o que não me mata me fortalece” parecer canção de ninar e o ditado popular “o que não mata engorda” um lembrete de geladeira.

Ana Paula Emmendorfer (Professora de Filosofia e Lógica – Doutora em Filosofia/Unisinos-RS)

Foto: Pixabay

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