Inaugurada exposição “Maré de Mudanças”; ação marca reabertura do Museu Antártico
Atividade é aberta ao público e reforça missão de educação e conservação marinha
Na manhã desta quinta-feira, 5, o Complexo de Museus FURG inaugurou oficialmente a exposição Maré de Mudanças – Década dos Oceanos; a iniciativa é um movimento nacional capitaneado pela produtora LB Circular com o patrocínio do Instituto Aegea, unindo arte, ciência e educação ambiental na intenção de sensibilizar a sociedade em prol da conservação marinha. A atividade marca a reabertura do Museu Antártico, severamente atingido pelas enchentes de 2023 e 2024.
Durante a abertura, o vice-reitor, Ednei Primel, ressaltou o compromisso da Universidade com as águas, colocando a FURG à disposição da comunidade para, por meio do ensino, pesquisa, extensão e inovação, contribuir com o desenvolvimento e a preservação da cultura oceânica. “Temos aqui pesquisadores que são referências em diferentes frentes relacionadas aos ecossistemas marinhos e oceânicos, tanto no que tange aos estudos voltados aos ambientes marinhos em si, quanto aos impactos do descarte indevido de microplásticos e nanoplásticos; nos estudos de contaminantes, e, ainda, na área da educação ambiental”, discursa o gestor.
A data escolhida para a inauguração da mostra é especial, uma vez que, no dia 5 de junho, se comemora o Dia do Meio Ambiente. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1972, na intenção de alertar a população para os problemas ambientais e a importância da preservação dos recursos naturais. “Neste dia importante, também se faz necessário olhar para outras potencialidades que se apresentam na região, e com certeza vamos levar atividades como essa para os campi de São Lourenço do Sul, Santo Antônio da Patrulha e Santa Vitória do Palmar, que desenvolvem um trabalho importante junto às comunidades pesqueiras lagunares”, completa o professor.
Sobre o Marés de Mudanças
Aberto à comunidade, o projeto traz exposições interativas, oficinas educativas, rodas de conversa e materiais didáticos voltados à promoção de práticas regenerativas e sustentáveis. A iniciativa se alinha profundamente com os valores e a missão da FURG, que tem como vocação institucional o estudo e a preservação dos ecossistemas costeiros e oceânicos. “A chegada da exposição aos museus da universidade fortalece sua atuação como polo nacional e internacional de excelência em Ciências do Mar, além de valorizar a integração entre ensino, pesquisa e extensão com foco na educação ambiental e no engajamento social”, explica o técnico em assuntos educacionais do Museu Oceanográfico Prof. Eliezer Rios, Guy Barcellos.
Ainda segundo Guy, o Maré de Mudanças dialoga diretamente com os princípios que regem o Complexo de Museus e Centros Associados da FURG, reconhecido por sua atuação na difusão científica, preservação da biodiversidade marinha e formação cidadã. “O Museu Oceanográfico, por exemplo, abriga uma das mais importantes coleções de moluscos e mamíferos marinhos da América do Sul, e tem sido fundamental para a popularização da ciência e o desenvolvimento de ações educativas, inclusive em contextos adversos”, detalha. Em 2023, mesmo diante de desastres climáticos, o museu promoveu diversas atividades formativas e recebeu mais de 69 mil visitantes.
Por fim, Ednei destaca a importância da ação para o município, entendendo na atividade uma porta para a transformação local por meio das novas gerações. “Com certeza esse projeto vai reverberar ações importantes para o ensino, principalmente para as nossas crianças, que precisam muito desenvolver uma consciência ambiental responsável”, conclui o vice-reitor.
Reabertura do Museu Antártico
Com a instalação do Maré de Mudanças, o Museu Antártico retoma suas atividades públicas e renova seu compromisso com a educação e a preservação ambiental. A exposição reforça o elo entre a Universidade e a sociedade, promovendo a conscientização sobre os desafios enfrentados pelos oceanos e inspirando a construção de um futuro mais sustentável. Para a FURG, a oportunidade se configura como um importante momento, não só por destacar a capacidade de resiliência da instituição ao reabrir um espaço severamente danificado pelos eventos extremos recentes, mas também por transmitir a mensagem de que, mesmo perante as adversidades, a instituição permanece firme em sua missão de gerar conhecimento, formar cidadãos conscientes e preservar o patrimônio natural marinho para as próximas gerações.
Secom FURG
Foto: Hiago Reisdoerfer/Secom FURG
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