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Estado e municípios alinham processo de notificação para atualização diária do número de casos de Covid-19

Desde o registro dos primeiros casos confirmados de Covid-19 no país, o governo do Estado vem contabilizando os dados, publicamente, em um painel que é atualizado duas vezes ao dia. As informações da Vigilância Epidemiológica do Centro Estadual da Vigilância em Saúde também registram pacientes em recuperação e óbitos que ocorrem no Rio Grande do Sul. O painel pode ser conferido no link http://ti.saude.rs.gov.br/covid19/.

No começo de março, o Estado passou a incluir nos dados do painel os casos positivos detectados pelos municípios por meio de testes rápidos e RT-PCR e pelos vínculos epidemiológicos. O Ministério da Saúde vem repassando testes rápidos ao Estado – cerca de 250 mil até agora – que são enviados para as prefeituras, a fim de viabilizar a identificação da evolução da Covid-19 no Estado.

Na medida em que os casos são detectados nas cidades, os municípios devem fazer o registro no Sistema de Informações E-SUS Notifica (antigo E-SUS-VE). Embora pareça simples, há etapas a serem cumpridas: o notificador – um hospital, uma unidade de saúde ou um profissional de saúde que tenha aplicado o teste e verificado o resultado positivo – precisa identificar e inserir, no sistema, o novo caso positivo.

A partir dessa inclusão, que pode ser feita por qualquer um desses notificadores, as secretarias municipais precisam confirmar esse recebimento, finalizando, assim, o processo. O caso passa, então, a ser contabilizado pelo Estado e pelo Ministério da Saúde. Essas etapas obrigatórias ocorrem não somente no Rio Grande do Sul, mas em todos os Estados.

Resultados positivos identificados pelo exame RT-PCR também devem ser incluídos no E-SUS Notifica pelas prefeituras. Porém, como os exames são enviados ao Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), as equipes acabam fazendo o registro diretamente via centro.

“Percebemos que, muitas vezes, os números dos municípios não estavam batendo com os do Estado. Então fomos buscar, junto aos municípios, essa diferença, e vimos que, em muitos casos, o processo de confirmação não era concluído”, explicou o governador Eduardo Leite, que falou sobre o assunto durante transmissão ao vivo pela internet nesta sexta-feira (15/5).

Para solucionar a questão, nas últimas semanas, a Secretaria da Saúde (SES) ofereceu intensa capacitação às Coordenadorias Regionais de Saúde, aos secretários municipais de Saúde e aos técnicos das Vigilâncias Municipais a fim de detalhar o processo de preenchimento dos dados no sistema. O Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul (Cosems) acompanhou as capacitações.

As equipes da SES também entraram em contato com as secretarias municipais, em especial dos maiores municípios ou daqueles com maior número de possíveis casos notificados sem conclusão (sem a identificação final como Covid-19), para esclarecer dúvidas a respeito do processo.

“Fizemos um pente fino e identificamos casos que estavam contabilizados nos municípios, mas sem a devida conclusão no sistema”, explicou a secretária Arita Bergmann. Nesta sexta-feira (15/5), 496 casos positivos serão inseridos no painel do Estado, mas esse número não reflete uma realidade de hoje. “São casos diluídos no tempo, desde março, que se acumularam e serão computados nesta sexta”, destacou.

A perspectiva é de que, a partir da próxima semana, o processo esteja alinhado para que não haja mais conflito de dados, contando que os municípios também participem diariamente do processo. A partir da conclusão da confirmação por parte das secretarias municipais, o dado será computado automaticamente no painel do Estado.

Para normatizar o processo, a SES publicará, ainda nesta sexta-feira, uma portaria que regula a notificação, o monitoramento, o controle e a confirmação final dos testes. A norma servirá para auxiliar os municípios e para garantir que o Estado tenha em tempo real os dados relativos a pessoas contaminadas.

Distanciamento Controlado

Os casos confirmados de coronavírus a partir dos testes rápidos enviados pelo Estado às prefeituras e hospitais e para a pesquisa de prevalência coordenada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) compõem a contagem oficial e o mapa do governo. Os testes rápidos, porém, não entram nos critérios de análise das cores das bandeiras no mapa das 20 regiões do Distanciamento Controlado, exceto no indicador de óbitos.

Para a definição das bandeiras, são considerados apenas os testes RT-PCR, que mostram pessoas infectadas. O teste rápido detecta anticorpos, ou seja, a pessoa pode ter adoecido há mais tempo, não servindo para comparar a evolução de casos de uma semana para outra. Tudo isso consta no decreto e na metodologia divulgada no Distanciamento Controlado.

No caso do Distanciamento Controlado, portanto, os casos avaliados nos critérios de definição são apenas os confirmados por meio de testes RT-PCR (e de vínculo epidemiológico), que mostram um panorama mais fiel do número de casos na respectiva cidade ou região.

Para conferir a situação de cada região, com suas respectivas bandeiras, acesse distanciamentocontrolado.rs.gov.br.

SECOM RS

Foto: SECOM RS

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