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Dois lobos marinhos do peito branco são registrados pelo Projeto Pinípedes do Sul

A equipe técnica do Projeto Pinípedes do Sul, patrocinado pela Petrobras, registrou dois espécimes de lobo-marinho-do-peito-branco (Arctocephalus tropicalis). O primeiro foi encontrado nesta quinta-feira (22) e o segundo em uma saída de campo realizada no dia 16 de Agosto, ambos no balneário Cassino.

O primeiro é um espécime juvenil e foi encontrado pela comunidade em uma área de elevada interação antrópica. O segundo, foi registrado na região do Albardão descansando próximo a água, na saída de monitoramento da praia sul, trecho que estende-se por uma faixa de 225 quilômetros desde a Barra do Rio Grande até a Barra do Arroio Chuí, na divisa com o Uruguai. Nesta saída, também foram registrados mais onze lobos-marinhos-do-sul (Arctocephalus australis) vivos.

Histórico de registros menos frequentes

No ano passado, foram encontrados três exemplares dessa espécie e em 2017 um outro exemplar. Os registros da espécie não são tão expressivos como os de leões marinhos e lobos marinhos, avistados em maior número e de forma mais frequente.

Além disso, no dia 10 de Agosto a equipe do projeto também realizou o registro de outro pinípede que tem raras aparições no litoral gaúcho:  um exemplar de foca–leopardo (Hydrurga leptonyx) foi observado enquanto descansava em frente ao balneário de São José do Norte.

As espécies “lobo-marinho-do-sul” “lobo-marinho-do-peito-branco”

O lobo-marinho-do-peito-branco apresenta coloração pardo-amarelada em sua pelagem no peito, garganta e face, assim como uma mecha de pelos no alto da cabeça (semelhante a um topete). Os machos dessa espécie podem alcançar 1,95 m de comprimento e pesar em torno de 165 quilos, enquanto as fêmeas atingem 1,45 m de comprimento e pesam em média 165 quilos. A espécie tem como itens alimentares peixes, crustáceos, pinguins e cefalópodes, e seus principais predadores são as orcas (Orcinus orca) e a foca-leopardo (Hydrurga leptonyx). 

Já o lobo-marinho-de-sul é a segunda espécie de pinípede mais abundante no litoral gaúcho, podendo ser avistada frequentemente nas praias da região sul, alimentando-se ou descansando. Esta espécie é caracterizada por um corpo delgado, focinho alongado, vibrissas longas, orelhas pequenas, ventre claro e pescoço grosso. Os adultos têm coloração marrom, sendo que os machos podem atingir 1,89 m de comprimento e 159 quilos, enquanto as fêmeas chegam a 1,43 m e 48 quilos.

Essas duas espécies de lobos marinhos fazem parte das sete espécies de pinípedes que ocorrem no Rio Grande do Sul. Os pinípedes constituem um grupo de mamíferos marinhos adaptados à vida aquática e terrestre. Esses indivíduos passam parte da vida no mar aberto ou bacias de água doce, para fins de alimentação, e outra parte na terra, onde realizam troca de pelagem, reproduzem-se e descansam.

 Encontrei um animal marinho e agora?

Ao encontrar animais marinhos debilitados, a orientação é entrar em contato com o NEMA (3236-2420) ou com o CRAM/FURG (3231-3496) para fazer um registro de ocorrência, pois os profissionais dessas instituições são capacitados para lidar com qualquer tipo de situação relacionada a animais marinhos. Além disso, deve-se manter distância do animal, não o alimentar e afastar animais domésticos das proximidades.

Sobre o Projeto

O Pinípedes do Sul, que tem o patrocínio da Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, objetiva reduzir as ameaças à conservação das espécies de Pinípedes – o grupo de mamíferos marinhos que inclui as focas, leões e lobos-marinhos – e de tartarugas marinhas no sul do Brasil. Além disso, o projeto visa aumentar o nível de proteção de duas Unidades de Conservação onde há grande concentração desses animais – Refúgio de Vida Silvestre do Molhe Leste (São José do Norte, RS) e Refúgio de Vida Silvestre da Ilha dos Lobos (Torres, RS) – e desenvolver atividades de educação ambiental voltadas para comunidades pesqueiras.

Assessoria de Comunicação do Projeto Pinípedes do Sul

Foto: NEMA

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