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Covid-19 e HIV/AIDS são temas debatidos em live da Secretaria da Saúde

A médica e chefe do Serviço de Atendimento Especializado em Infectologia do HU da FURG , Rossana Basso e a enfermeira especialista em Saúde da Família da Secretaria da Saúde do Rio Grande, Fabiana Gallo Costa participaram da Live semanal transmitida na página da Prefeitura do Rio Grande no Facebook, nesta segunda-feira (6). Elas debateram a respeito do HIV/AIDS e as ações de prevenção desta doença e fizeram relação com a pandemia da Covid-19. A transmissão foi conduzida pela secretária da SMS, Zelionara Branco.

Antes do bate-papo, a secretária comentou sobre a pandemia da Covid-19 e o processo de vacinação na cidade. Disse que, há três semanas, existe a redução no número de novos casos de pessoas infectadas pelo vírus da Covid-19 e de óbitos pela doença na cidade. Na semana passada, as pessoas infectadas não somaram 100 casos. Os dados são considerados bons pela Secretaria, mas o alerta permanece, lembra a titular da Saúde.

“Existe uma variante nova (Ômicron) circulando no Rio Grande do Sul – há um caso e mais seis em investigação. Para enfrentar o vírus e a nova variante é importante estarmos em dia com a vacinação, manter os cuidados preventivos (uso de máscara e higienização das mãos) e evitar aglomerações”, cita a secretária.

Agora, o objetivo da Secretaria é alcançar as pessoas que ainda não voltaram para tomar a segunda dose – hoje em torno de 10 mil – assim como quem precisa fazer a terceira dose. Para tanto, a Secretaria está ampliando os locais e horários de vacinação, inclusive, aos finais de semana. A meta de vacinação considerada adequada pela Secretaria da Saúde é atingir 90% da população com, pelo menos, duas doses.

HIV/AIDS

Dia 1º de dezembro, é a data de reflexão sobre “outra pandemia”, a do HIV/AIDS, doença assim considerada pela médica Rossana Basso. Nesta data e em todos os anos, é divulgado o boletim anual dos casos de pessoas contaminadas pelo vírus do HIV. A médica diz que neste boletim foi constatado, mais uma vez, que as taxas de infecção pelo vírus do HIV no Brasil estão caindo, desde 2012. Em 2010, a taxa foi cerca de 21 casos por 100 mil habitantes. Em 2019, chegou a 18 casos. Em 2020, reduziu para 14 casos. “Então, vem o questionamento: por que houve essa redução?”

A especialista acredita que, em parte, houve subnotificação causada pela sobrecarga dos serviços de Saúde. Profissionais foram desviados para atendimento de casos da Covid-19, outros que eram vulneráveis foram afastados e, também, em virtude de uma menor testagem.

Em 2020, o ranking das taxas de detecção de AIDS no Brasil mostrou que o Amazonas, o Rio Grande do Sul e Roraima apresentam as piores taxas detecção. Os indivíduos na faixa de 25 a 39 anos foram os mais afetados. Já a taxa de mortalidade no Brasil ficou em quatro óbitos por 100 mil habitantes.

No RS, essa taxa foi de sete óbitos para cada 100 mil habitantes. No município do Rio Grande, o número é maior: são 17 óbitos por 100 mil habitantes. “Um número muito preocupante”, afirma Rossana Basso. Tanto na taxa de detecção quanto de mortalidade os números são bem expressivos, reforça a profissional.

Ao relacionar com a pandemia da Covid-19, e lembrando que são mais de 615 mil mortes no Brasil, a médica diz que a situação para quem tem HIV é ainda mais complicada, porque o tratamento do paciente precisa ser contínuo e não interrompido. Além disso, as manifestações clínicas de quem tem HIV como a Covid-19 são muito semelhantes. Tanto nos casos de HIV como de Covid-19, ela argumenta que o trabalho tem que ser de forma combinada na prevenção.

Unidades de Saúde – a porta de entrada

Todas as Unidades de Saúde no município possuem profissionais aptos e capacitados para a realizar teste rápido para doenças sexualmente transmissíveis. Os testes demoram, em média, 30 minutos para serem realizados.

A enfermeira Fabiana Costa explica que, nas mesmas unidades, é possível fazer a Profilaxia Pre-Exposição (PrEP) ao HIV, exame indicado para as pessoas que possuem maior risco de terem contato com o vírus HIV, assim como a Profilaxia Pós-Exposição (PEP) – é uma medida de prevenção de urgência para ser utilizada em situação de risco à infecção pelo HIV.

Fabiana Costa lembra que o paciente que tem o vírus HIV faz parte de um grupo com comorbidade e, por isso, tem direito a fazer três doses da vacina contra a Covid-19. A terceira dose pode ser realizada 30 dias após a segunda aplicação da vacina contra a Covid-19.

Assessoria de Comunicação Social – Prefeitura Municipal do Rio Grande

Foto: Divulgação

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