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Campanha une forças para prevenção às queimadas

Ecosul, PRF, PATRAM e Corpo de Bombeiros juntos na campanha “Queimar apaga o futuro”

Os riscos de incêndios próximos às rodovias são inúmeros, o que dirá em tempos de estiagem. Com o objetivo de sensibilizar a comunidade sobre as consequências das queimadas, a Ecosul lançou hoje(4) a campanha “Queimar apaga o futuro” em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), Corpo de Bombeiros e Comando Ambiental da Brigada Militar, através do Batalhão de Polícia Ambiental (PATRAM). O principal objetivo da iniciativa é sensibilizar comunidade sobre os riscos e consequências do uso de fogo nas proximidades das faixas de domínio das rodovias. “A palavra sinergia resume a essência desta união de forças com o propósito de alertar para estes riscos e buscar o auxílio da comunidade, através de ações de conscientização, já que as queimadas além de um problema ambiental, representam insegurança para os motoristas”, destacou o diretor superintendente da Ecosul, Fabiano Medeiros, durante o evento de lançamento, através de LIVE pelo canal do Youtube. Para o Comandante do 3º Batalhão de Bombeiro Militar (3ºBBM), tenente-coronel Everton de Souza Dias, o alerta chega em boa hora, já que com a proximidade do verão a preocupação com incêndios em vegetação aumenta bastante. Segundo dado da corporação, nos últimos anos a região sul do RS teve um aumento significativo no número de ocorrências deste tipo. “Somente entre os dias 1º de janeiro e 23 de novembro de 2020 foram registradas mais de 523 ocorrências em incêndio em vegetação nos municípios de Rio Grande, Pelotas, Canguçu, São Lourenço do Sul, Arroio Grande e Jaguarão”, destaca.  No mesmo período do ano de 2019 foram 256 ocorrências, o que aponta um aumento de mais de 104% no número de atendimentos nestes municípios. “Sabemos que o tempo quente e a baixa umidade contribuem para a rápida propagação deste tipo de incêndio”, observa.

O Capitão André Avelino, Comandante da PATRAM Região Sul, lembrou os riscos das bitucas de cigarro, muitas vezes jogadas pelos viajantes durante os seus deslocamentos. “O descarte irregular de lixo é outro fator preponderante de risco”, complementa. Ele lembra que as queimadas geram uma gama e problemas para fauna e flora e ressaltou que a conduta é considerada crime, conforme a Lei de Crimes Ambientais (Lei Federal 9.605/98) e proibida pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Federal 12.305/10), podendo ainda gerar incêndios de grande proporção.

Nos últimos três anos foram registradas 329 ocorrências de incêndio no Polo Rodoviário Pelotas. Uma das consequências destes eventos é o risco para segurança dos usuários, na medida em que a fumaça pode impactar sensivelmente na visibilidade dos motoristas. O assessor de comunicação da Delegacia da PRF Pelotas, João Martins fez coro à importância da ação integrada entre os órgãos. “É importante que façamos uma reflexão de qual o nosso papel no contexto social e a importância de cada um para se fazer um trânsito mais seguro”, complementou. As ações da campanha seguem divulgadas pelos canais de comunicação da Ecosul com objetivo da construção de uma cultura de prevenção.

Queimar é crime

O artigo 250 do Código Penal preconiza que a queima de qualquer material em ambiente aberto é considerada crime e, neste sentido estabelece para quem provocar incêndio, expondo a perigo à vida, à integridade física ou ao patrimônio de outras pessoas, possibilidade de reclusão de três a seis anos, além de multa.

Satolep Press

Foto: Larissa Martins/Ecosul

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