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Bobinas de aço aumentam transporte de cargas no Porto de Porto Alegre

Navio Pacific Basin veio de Minas Gerais com 400 toneladas da matéria-prima

Os navios carregados com bobinas de aço se tornaram visitas frequentes ao Porto de Porto Alegre. Desde a greve dos caminhoneiros, em maio, o material – que vem do Sudeste do país – trocou as estradas pelas hidrovias e tem ajudado a aquecer o setor portuário gaúcho.

O último navio a atracar no porto foi o Pacific Basin, que trouxe 400 bobinas de aço na sexta-feira (30). É o quinto desembarque na capital desde julho. Nesse período, sete mil toneladas do produto já desembarcaram de Minas Gerais para servir de matéria-prima a indústrias gaúchas, como General Motors, Gerdau e Tramontina.

O chefe de divisão do porto, Régis Oppelt, explica que a retomada dos serviços pelos canais hidroviários alavancou a capacidade para novas cargas chegarem ao Rio Grande do Sul. “São mercadorias diferenciadas com as quais o porto não trabalhava há dez anos. Se continuarmos neste ritmo, teremos um acréscimo de 10% na movimentação de cargas e 7% na receita”, salienta.

A movimentação do produto deve alcançar 33 mil toneladas até o final do ano. A siderúrgica Usiminas pretende trazer ainda mais pedidos para o Rio Grande do Sul. “Hoje, são dois navios por mês que chegam com as bobinas, mas a nossa expectativa é de receber um por semana em 2019”, projeta Oppelt.

Armazenamento das bobinas após operação de descarregamento

Para retirar todas as bobinas do navio são necessários dois dias e meio, além de boas condições climáticas. De acordo com o responsável pela operação portuária da agência marítima Orion, Erivelto Pires, “a carga também requer um cuidado extremo, com uma armazenagem bem condicionada, pois é um material delicado”, destaca.

Pires avalia de forma positiva as operações realizadas na capital. “Almejamos o aumento dos serviços. A nossa previsão para 2019 é de uma parceria ainda mais expressiva com o porto gaúcho”, finaliza.

Segundo a administração portuária, as bobinas de aço devem se tornar o terceiro maior produto transportado via Porto de Porto Alegre – atrás apenas dos fertilizantes e da cevada.

SECOM RS

Foto: Érika Ferraz/ST

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