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Rio Grande decreta situação de emergência

Na noite de quarta-feira (2) a prefeita Darlene Pereira decretou situação de emergência no território de Rio Grande em função de “Evento Natural Hidrológico – Inundações”, ou seja, devido aos efeitos da cheia da Lagoa dos Patos. O cenário enfrentado pelo Município está diretamente relacionado ao grande volume de chuvas registrado nas últimas semanas em todo RS, já que a Lagoa é responsável pela captação de aproximadamente dois terços da totalidade hídrica do estado, e o processo de escoamento natural passa necessariamente por Rio Grande até chegar ao oceano pelo canal da Barra. O documento ainda será avaliado pelo Governo do Estado para homologação.

“A decretação está vinculada à nossa preocupação com relação às chuvas e à elevação das águas no resto do RS. Nós sabemos que o Rio Grande recebe essas águas e que já está sofrendo, como aconteceu no último final de semana, com o aumento dos níveis. Tivemos que tomar algumas ações de organização, mobilizando toda a prefeitura nesse sentido. Então estamos decretando emergência para termos condições de atender a situação que já ocorreu, e também o cenário que está por vir, que sabemos que virá, já que é uma consequência natural essa descida das águas até o oceano”, avalia Darlene.

Por meio do documento, a Prefeitura autoriza a mobilização de todos os órgãos municipais para atuação sob coordenação da Defesa Civil, assim como a convocação de voluntários para reforçar as ações de resposta. Além disso, a decretação de situação de emergência também serve como instrumento para facilitar a captação de recursos para o trabalho para qualificar as operações, uma vez que permite a dispensa de licitação para aquisição de bens necessários ao atendimento à população.

“Isso nos permite a tomada de algumas medidas e a realização de ações que possam nos apoiar no socorro às pessoas, principalmente de forma emergencial, na retirada, no abrigamento e na realocação de famílias. A preocupação também existe quanto ao cuidado e proteção de áreas de encostas e já estamos tomando algumas medidas como o bombeamento de água, a retenção de alguns espaços que nos permitam minimizar a situação, caso o nível volte a subir, diminuindo o risco para comunidade”, acrescenta a prefeita.

A decisão é baseada no levantamento feito pela Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil de Rio Grande (Compdec-RG) a respeito dos danos e prejuízos averiguados no Município, sendo que os laudos técnicos estão presentes no Formulário de Informações do Desastre (Fide). Entre os dados apresentados está a verificação de 1363 propriedades afetadas pela cheia até o momento, sendo 1.285 residências e 78 estabelecimentos comerciais, prédios públicos, serviços, depósitos ou garagens.

As propriedades foram impactadas de diferentes formas, como dificuldade para as pessoas transitarem, impossibilidade de saírem de casa ou extravasamento de esgoto. Isso não significa que a água da Lagoa invadiu as casas. Parte dos moradores permanecem nas residências e outros procuraram abrigo com familiares e amigos.

Assessoria de Comunicação Social Prefeitura Municipal do Rio Grande

Foto: Divulgação

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