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Gripe aviária: veja informações e orientações à população

O governo do Estado reuniu algumas informações para responder aos principais questionamentos da população

A confirmação, na sexta-feira (16/5), do foco de influenza aviária no Rio Grande do Sul, tem gerado dúvidas gerais sobre a doença. O governo do Estado reuniu algumas informações para responder aos principais questionamentos da população.

Os casos confirmados foram em uma granja avícola de reprodução, em Montenegro, e em aves silvestres no Zoológico de Sapucaia do Sul. É o primeiro caso da doença em aves comerciais do Brasil. No plano global, a circulação do vírus ocorre desde 2006, principalmente na Ásia, África e no norte da Europa. Ao longo desses 20 anos, portanto, o Brasil conseguiu evitar a entrada da enfermidade na avicultura comercial.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) declarou estado de emergência zoossanitária por 60 dias em Montenegro, na área que abrange dez quilômetros ao redor do local onde houve a detecção. A abrangência da área poderá ser alterada pelo Mapa, de acordo com a evolução das investigações epidemiológicas e dos trabalhos de vigilância zoossanitária animal em execução.

Perguntas e respostas

  • Há risco de contaminação para os seres humanos?

O risco de infecções em humanos pelo vírus da gripe aviária é baixo e, em sua maioria, ocorre entre tratadores ou profissionais com contato intenso com aves ou mamíferos infectados, vivos ou mortos. A infecção pode acontecer pelo contato direto ou indireto com aves infectadas, por meio de aerossóis, secreções respiratórias, fezes, fluidos corporais ou superfícies contaminadas. A doença não é transmitida por alimentos bem cozidos ou preparados corretamente e a transmissão entre pessoas é muito limitada.

  • Há risco de contaminação para outros animais?

A influenza aviária é uma doença viral que afeta principalmente aves, mas também pode infectar mamíferos. A transmissão ocorre pelo contato com aves doentes e também pela água ou pelos materiais contaminados.

  • É seguro consumir carne e ovos de aves?

O consumo de carne de aves e ovos armazenados em casa ou em pontos de venda é seguro, já que a doença foi detectada em uma granja voltada para a reprodução. A população pode se manter segura, não havendo qualquer restrição ao seu consumo.

  • A vacina contra a gripe (influenza) protege contra a gripe aviária?

Não. A vacina contra a gripe sazonal não protege contra a gripe aviária. A vacina da gripe é atualizada todos os anos para proteger contra os principais vírus da gripe que circulam entre humanos, como os tipos A (H1N1 e H3N2) e B. Já a gripe aviária é causada por vírus diferentes, como o H5N1, que normalmente afetam aves e raramente infectam pessoas. Esses vírus não estão incluídos na vacina sazonal, pois são geneticamente diferentes e circulam principalmente entre aves. Apesar disso, a vacinação contra a gripe sazonal continua sendo importante, pois previne internações e mortes causadas pelos vírus que mais afetam a população.

  • O que fazer se encontrar aves doentes ou mortas?

Não se aproxime, alimente ou toque em animais silvestres, nem tente socorrê-las; Não deixe cães, gatos e outros animais domésticos se aproximarem; Em casos suspeitos, entre em contato com a Secretaria da Agricultura através da Inspetoria de Defesa Agropecuária mais próxima ou pelo canal de notificação via WhatsApp (51) 98445-2033.

  • O que pode ser feito para prevenir e reduzir o risco de infecção entre profissionais que manipulam aves?

Qualquer trabalhador que manipule aves selvagens ou domésticas deve ter conhecimento adequado de biossegurança e medidas de proteção. Além de conhecer os protocolos, esses profissionais devem ter equipamentos de proteção adequados para o manuseio de aves, incluindo roupas de proteção específicas para essas tarefas, bem como luvas e máscaras. Além disso, o governo do Estado está orientando, com especial atenção, os avicultores sobre os cuidados necessários.

  • Quais os principais sintomas nas aves?

Entre os principais sintomas apresentados nas aves estão alta mortalidade, dificuldade respiratória, torcicolo e falta de coordenação, crista e barbela inchadas e roxas, secreção nasal e ocular, espirros, dificuldade de locomoção e diarreia.

  • O que fazer em caso de qualquer suspeita de aves contaminadas?

Todas as suspeitas de influenza aviária, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves devem ser notificadas imediatamente à Secretaria da Agricultura através da Inspetoria de Defesa Agropecuária mais próxima ou pelo canal de notificação no WhatsApp (51) 98445-2033.

  • O que o governo do Estado está fazendo?

Diversas ações estão em curso. Com a confirmação do foco, o Serviço Veterinário Oficial do Rio Grande do Sul (SVO-RS) desencadeou as ações previstas no Plano Nacional de Contingência de Influenza Aviária, com isolamento da área em Montenegro e eliminação das aves restantes e protocolo de desinfecção da granja. Todas as propriedades rurais no raio de dez quilômetros do foco serão vistoriadas pelo SVO, além da instalação de sete barreiras sanitárias, seis de desinfecção e uma de bloqueio. O Zoológico de Sapucaia do Sul, onde também foram encontradas aves silvestres mortas, está fechado por tempo indeterminado. Haverá, também, o cancelamento de torneios e eventos de aves no Rio Grande do Sul.

SECOM RS

Foto: Arquivo/Agência Brasil

 

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