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Universo Alternativo

Estava dirigindo quando o SMS chegou. Lá na frente, o sinal estava verde; pisou no acelerador e pegou o telefone. Estranhou ao ver o número da namorada, pois sempre que ela queria conversar, ela ligava. O choque causado pelo conteúdo da mensagem não foi mais forte que o do caminhão.

Chegou em casa às sete com uma garrafa de vodka em baixo do braço. Pegou o celular e viu que recebera um SMS da namorada. Mensagem? Que bizarro. Leu o recado, pasmo. O término do recado também era o término do relacionamento e também era o desmoronamento do chão que o sustentava. Ficou louco, transtornado, uma parte dentro dele morreu e mais tarde, às três da manhã, o que restou também se foi.

Naquele dia, sua namorada mandou um SMS pedindo uma visita. Chegou na casa dela às oito. A conversa terminou em briga. Ficou louco, transtornado, uma parte dentro dele morreu e, mais tarde, depois de beber todas, voltou à casa da (ex) namorada e vingou a morte da sua dignidade.

Sinal verde para o caminhão. Parou, esperou e chegou em casa às seis. Bebeu suco de maracujá e leu a mensagem da namorada. Ficou louco, transtornado, uma parte dentro dele morreu. Na cama devaneou ideias suicidas e homicidas até adormecer. No dia seguinte, pensou no ato covarde da sua então ex-namorada: terminar um relacionamento por SMS. Para esquecer, decidiu ir beber com o melhor amigo.

Essa era a versão dele (e dela) com um final feliz.

Autora: Ingrid Contreira/Inspira

Foto: Pixabay

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