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Laboratório do IE da FURG produz documentário sobre ativismo LGBT e AIDS no Brasil

Crédito: Divulgação

O Nós do Sul – Laboratório de Estudos e Pesquisas sobre Identidades, Currículos e Culturas – vinculado ao Instituto de Educação (IE) da FURG, está produzindo o documentário “Quando Ousamos Existir”, que propõe retratar a história do ativismo LGBT desde sua emergência na década de 1970.

O filme é dirigido pelo professor de Políticas Públicas do IE, Marcio Caetano, e pelo representante do Grupo Arco Íris, do Rio de Janeiro, Cláudio Nascimento. Desde agosto do ano passado, mais de 100 ativistas foram entrevistados para o documentário. Na última semana, a Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids (Abia) recebeu a equipe de filmagem.

De acordo com Caetano, a ideia de conversar com a Abia veio da necessidade de abordar a militância no contexto da epidemia da Aids no país. Na visita à sede da instituição, a equipe entrevistou o diretor-presidente da Abia, Richard Parker, o vice-presidente, Veriano de Souza Terto Jr. e o coordenador do Projeto Diversidade Sexual, Saúde e Direitos entre Jovens, Vagner de Almeida.

Parker destacou a conquista da sociedade civil em relação ao acesso universal de medicamentos antirretrovirais no serviço público de saúde. O diretor-presidente da Abia também relembrou da pressão feita pela sociedade civil no período pós-democratização e de como foram adotadas as políticas públicas para pessoas vivendo com HIV e Aids. Para ele, foram anos de grande trabalho do ativismo cultural.

“O final dos anos 1980 foi o momento de enfrentarmos o conservadorismo e dizer não ao silenciamento. E esta reação surgiu por causa da opressão vivida pelas pessoas. Colocamos a sexualidade no debate público. Hoje precisamos repolitizar as respostas dos movimentos LGBT, Aids e outros diante das forças, partidos e setores conservadores presentes na política e na sociedade em geral”, afirmou.

Documentário

O documentário “Quando Ousamos Existir”, que tem como diretor de fotografia o estudante Fabio Rodrigues, é uma iniciativa do Centro de Memória João Antônio Mascarenhas, do Nós do Sul. A previsão é que o filme seja lançado no final de 2018.

Os interessados em saber sobre os bastidores das gravações poderão conhecê-lo no Seminário Internacional Corpus Possíveis no Brasil Profundo – (Senacorpus) – que ocorrerá na FURG entre os dias 21, 22 e 23 de março. Mais informações no site http://www.senacorpus.com.br.

Assessoria de Comunicação Social da FURG

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